Roland Barthes contra o senso comum
CURSO MINISTRADO POR: Gisela Bergonzoni
VAGAS: Fora
CARGA HORÁRIA: 10h
DIAS DO CURSO: 05, 12, 19, 26/11/2020, 03/12/2020 - 19h
Este curso pretende explorar a fase mais tardia da obra de Barthes, nos anos 1970, em que seus estudos sobre literatura tomam a forma de um combate pungente contra a doxa. Hoje, ler Barthes pode ser um antídoto a um discurso massificado e acachapante que transforma o horror em senso comum.
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Ementa do Curso
O pensador francês Roland Barthes tem uma obra vasta e plural. Ele passou por fases diferentes, desde a crítica à ideologia, de inspiração marxista, até a semiologia dura, e dirigiu seus interesses de estudo aos mais variados objetos – dos tecidos de organza aos romances de Balzac, da retórica antiga à fotografia. Mas há um fio consistente que perpassa todo o seu trabalho: o da crítica à doxa – o discurso corrente, ou o que chamamos de senso comum. Este curso pretende explorar a fase mais tardia da obra de Barthes, nos anos 1970, em que seus estudos sobre literatura tomam a forma de um combate pungente contra a doxa. Hoje, ler Barthes pode ser um antídoto a um discurso massificado e acachapante que transforma o horror em senso comum.
Aula 1: Barthes, um “voyeur” da linguagem
Introdução à obra de Roland Barthes e às diferentes fases de seu pensamento. Nesta primeira aula, faremos um passeio pela estranha autobiografia do autor, Roland Barthes por Roland Barthes (1975).
Aula 2: Quem fala? Morte e retorno do autor
Barthes ficou célebre por ter declarado a “morte do autor” em 1967. Porém, pouco depois, o autor “retornou” sob diversas formas em sua obra, como em Sade, Fourier, Loyola (1971) e no Prazer do texto (1973). Nesta aula, estudaremos o debate provocado por Barthes em torno da autoria literária e seus desdobramentos.
Aula 3: O paradoxo da doxa
Existe um senso comum? Se ele existe, como se constrói? Nesta aula, analisaremos o que Barthes entende por doxa e veremos como ela faz parte de uma reflexão sobre linguagens individuais e partilhadas, ou idioletos e socioletos. A doxa em Barthes também é uma maneira de pensar como a arte representa o real, que tomou a forma de estudos relevantes e originais sobre a obra de Balzac e de Flaubert.
Aula 4: A língua é fascista?
Em Aula (1978), Barthes faz a polêmica afirmação de que “a língua é fascista”. Se é impossível conceber uma atividade humana fora da língua, estaria dizendo Barthes que estamos condenados ao fascismo? Nesta aula, analisaremos como Barthes enxerga as restrições que nos impõe a língua e por que o discurso literário, segundo o autor francês, pode combater o discurso dominante.
Aula 5: O romance-fantasma de Barthes
Aspectos técnicos
As aulas serão transmitidas pelo Google Meet. As instruções para o acesso serão enviadas por e-mail dois dias antes do início do curso. Se você se inscrever nos últimos momentos, receberá essas instruções no dia da primeira aula.
Nossas aulas são transmitidas ao vivo, mas são também gravadas e podem ser assistidas posteriormente. Os links dos vídeos ficam ativos por 30 dias corridos a partir do fim do curso. Oferecemos certificado apenas para quem tiver 75% de presença nas aulas ao vivo.
Para mais informações: [email protected]
Ministrado por
Gisela Bergonzoni
Doutora em literatura comparada pela Université Rennes 2 (França). Fez pós-doutorado em teoria e história literária pela UNICAMP, onde lecionou no nível de graduação. Foi professora substituta na Université Paris-Nanterre (França). Atualmente, leciona na pós-graduação em Escrita Criativa da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).
Aulas
AULA 1
Data: 05/11/2020
Horário: das 19h às 21h
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AULA 2
Data: 12/11/2020
Horário: das 19h às 21h
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AULA 3
Data: 19/11/2020
Horário: das 19h às 21h
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AULA 4
Data: 26/11/2020
Horário: das 19h às 21h00
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AULA 5
Data: 03/12/2020
Horário: das 19h às 21h00