O Ressentimento
CURSO MINISTRADO POR: Maria Rita Kehl
VAGAS: 50
CARGA HORÁRIA: 2h
DIAS DO CURSO: Assíncrono
A partícula “re”, que abre a palavra ressentimento, indica um afeto que não se dissipa. “Nunca vou me esquecer/ nunca vou perdoar”, são motes frequentes nos ressentidos. A pergunta é: o que leva uma pessoa a apegar-se de tal maneira a uma ofensa, um agravo, uma traição? Porque essa necessidade de não se esquecer?
Ementa do Curso
A partícula “re”, que abre a palavra ressentimento, indica um afeto que não se dissipa. Aliás: quem retorna constantemente à sua mágoa é o próprio sujeito. “Nunca vou me esquecer/ nunca vou perdoar”, são motes frequentes nos ressentidos.
A pergunta é: o que leva uma pessoa a apegar-se de tal maneira a uma ofensa, um agravo, uma traição? Porque essa necessidade de não se esquecer? Minha hipótese: o ressentido precisa alimentar sua mágoa e culpar incessantemente alguém para não ter que se deparar com o fato de que ele pode ter sido cúmplice do evento que o vitimou – por covardia, por interesse, por vaidade.
Tal apego apaixonado à mágoa caracteriza, no dizer de Espinoza (que nunca escreveu sobre o ressentimento) uma “paixão triste”. Essa que, para o filósofo, diminui nossa potência de viver. Outro filósofo, Nietzche, escreveu que o ressentimento é uma vingança adiada. E não posso deixar de me referir à “covardia moral do neurótico” – expressão de Freud – para especular se o apego ao ressentimento também pode ser um modo do sujeito evitar deparar-se c om a própria covardia que, eventualmente, permitiu um abuso, um agravo, uma traição.
Aspectos técnicos
Os links dos vídeos ficam ativos por 90 dias corridos a partir da data da compra.
Para mais informações: [email protected]
Ministrado por
Maria Rita Kehl
Psicanalista, ensaísta, crítica literária e vencedora do Prêmio Jabuti com o livro “O Tempo e o Cão” (2010).
Aulas
Assíncrono