O inconsciente não conhece o perdão
CURSO MINISTRADO POR: Marcelo Veras , Waldomiro J. Silva Filho
VAGAS: Fora
CARGA HORÁRIA: 9h
DIAS DO CURSO: 8, 13, 15, 20, 22 e 27/08/2024 - 19h30 às 21h00
O curso será desenvolvido em 6 encontros, onde abordaremos alguns aspectos psicanalíticos, filosóficos e políticos do perdão.
R$ 350,00
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Ementa do Curso
em uma universalidade do perdão, pois cada religião possui uma liturgia interna para perdoar e ser perdoado, e com frequência o Mal apenas pode ser perdoado pelos e para os convertidos.
Portanto, para fazermos uma reflexão sobre o perdão, torna-se incontornável pensar o Mal na vida singular de cada um e na civilização como um todo. Essa questão emerge já no título de um dos textos mais importantes para o presente curso: O mal-estar na cultura (1930), de
Sigmund Freud. Do mal-estar, retenhamos inicialmente o Mal.
revelia. Nos fazer de objeto de seu gozo obsceno, de sua ira, de seu amor excessivo e, mesmo, satisfazer seus desígnios de uma eliminação radical, extirpar-nos não apenas de sua vida, mas da humanidade como um todo.
Todos somos maus em certa medida, essa é justamente a base que torna impossível, para Freud, atender o imperativo religioso de amar os outros como a si mesmo.
Muito cedo, desde as primeiras décadas do século passado, Freud trouxe a construção do narcisismo como um obstáculo ao gesto de amar o outro. O narcisismo contém, desse modo, um resto de amor de si que sempre prevalecerá nas relações amorosas, tornando sempre
problemática a expressão “amai ao outro como a ti mesmo”. Quando se fala de “personalidades narcísicas” no mundo atual, podemos nos perguntar: e qual personalidade não é narcísica?
Nesse sentido, o gesto de perdoar não deixa de trazer suas aporias. Nossa primeira pergunta é sobre a dimensão genética ou ética do perdão. Nossos espíritos são feitos para perdoar, ou ao contrário o perdão é da ordem de uma metafísica. Com Deus, sem dúvidas, é mais fácil perdoar, e para os que não acreditam Nele? Nossa proposta é retomar aspectos do texto O
mal-estar na civilização, de Freud, e nos perguntar se é possível perdoar toda a humanidade, ou perdoamos apenas aqueles que comungam dos mesmos ideais de uma cultura? Alguns pontos do sentido comum devem ser abordados, por exemplo o papel da memória. Perdoar é esquecer? Qual o papel da memória no perdão? No âmbito político, o esquecimento nunca
foi uma boa ferramenta para o perdão, haja vista os imbróglios de uma comissão da verdade que não puniu os malfeitores. Em alguns casos, apenas a punição pode assegurar um verdadeiro perdão.
Aspectos técnicos
As aulas serão transmitidas pelo Google Meet. As instruções para o acesso serão enviadas por e-mail dois dias antes do início do curso. Se você se inscrever nos últimos momentos, receberá essas instruções no dia da primeira aula.
Nossas aulas são transmitidas ao vivo, mas são também gravadas e podem ser assistidas posteriormente. Os links dos vídeos ficam ativos por 30 dias corridos a partir do fim do curso. Oferecemos certificado apenas para quem tiver 75% de presença nas aulas ao vivo.
Para mais informações: [email protected]
Ministrado por
Marcelo Veras
Psicanalista da Escola Brasileira de Psicanálise (Diretor Geral de 2013-15), psiquiatra da Universidade Federal da Bahia. Professor da Especialização em Teoria Psicanalítica da UFBA, da Especialização em Psicanálise e Saúde Mental da PUC Paraná e da Especialização em Psicanálise de Orientação Lacaniana em Salvador. Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (1983), mestrado … Continue lendo “Marcelo Veras”
Waldomiro J. Silva Filho
Professor Titular do Departamento de Filosofia da Universidade Federal da Bahia, Pesquisador do CNPq.
Aulas
AULA 1
Data: 08/08/2024
Horário: das 19h30 às 21h00
AULA 2
Data: 13/08/2024
Horário: das 19h30 às 21h00
AULA 3
Data: 15/08/2024
Horário: das 19h30 às 21h00
AULA 4
Data: 20/08/2024
Horário: das 19h30 às 21h00
AULA 5
Data: 22/08/2024
Horário: das 19h30 às 21h00
AULA 6
Data: 27/08/2024
Horário: das 19h30 às 21h00