CULT #313 | JANEIRO 2025

EDIÇÃO: 313

PÁGINAS: 52

 

Do simbolismo precursor de Cruz e Sousa, poeta catarinense nascido em 1861, à radicalização da linguagem de Felipe Franco Munhoz, paulistano de 1990, a Fortuna crítica da poesia brasileira percorre mais de um século de poesia.

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Detalhes da Edição

Há quase três décadas, a Cult acompanha não apenas a produção literária, mas também as transformações na forma de ler e interpretar esse objeto fluido que é a literatura.

Esta edição da Cult traz uma variante daquilo que se convencionou chamar de fortuna crítica: uma seleção de textos não sobre determinado autor, como é mais comum, mas sobre diversos escritores – no caso, poetas – que tiveram sua literatura analisada na mais longeva revista de cultura do Brasil.

Trata-se, pois, de uma fortuna crítica da poesia brasileira recuperada das edições da revista nas últimas três décadas, pelas quais passaram alguns dos mais reconhecidos nomes do campo no Brasil. Mas não apenas isso: a seleção também se impõe como um objeto de reflexão sobre os escritores e os movimentos que estiveram afastados do circuito editorial (e da crítica) brasileiro.

Do Simbolismo precursor de Cruz e Sousa, poeta catarinense nascido em 1861, à radicalização da linguagem de Felipe Franco Munhoz, paulistano de 1990, a Cult de janeiro percorre mais de um século de poesia brasileira. Nelas estão – motivados por efemérides, lançamentos e relançamentos – textos que investigam alguns dos mais importantes movimentos literários de formação da literatura brasileira moderna e contemporânea.

Uma antologia será sempre uma contingência de seu tempo e de seus autores. A uma lista enquadrada pelas exigências do espaço e do recorte editorial corresponde uma torrente de nãos, justificados por cálculo ou subjetividade. O exercício de compor uma fortuna crítica da poesia brasileira, tema deste especial da Cult, foi uma tarefa que exigiu vasculhar arquivos, pinçar textos cujos originais se perderam, deparar com algumas dezenas de nomes e títulos, e, sobretudo, pensar as ausências.

A seleção apresenta um mapeamento com representações de poetas de quatro das cinco regiões do país, entre modernistas, concretistas, pós-modernistas, contemporâneos – com a necessária advertência dos limites de tais classificações como normas definitivas de estilo e filiação.

O poema em prosa de Cruz e Sousa: Satanismo e escravidão

por Simone Rossinetti Rufinoni

A capitania poética de Cecília Meireles

por Leila V.B. Gouvêa

O legado da pedra

por Ivan Marques

Diamantes entre cascalhos

por Fábio Lucas

Viagem a Las Fontes Selvagens de Manoel de Barros

por Douglas Diegues

A poesia crítica de João Cabral

por João Alexandre Barbosa

Cinco pontas de uma estrela

por Viviana Bosi

As faces espelhadas de Eros

por Eliane Robert Moraes

O breviário do Ser

por Olgária Matos

Fisiologismo e burrice

por Francisco Bosco

Por que amamos Paulo Leminski?

por Tarso de Melo

Um pacto com o mistério

por Caetano Galindo

Ficha Técnica

ISSN: 1414707-6
Edição: 313
Data: Janeiro 2025
Páginas: 52
A Revista CULT é uma publicação mensal da Editora Bregantini