A questão do pardo no Brasil

AUTOR: Flavia Rios (org.)

 

A questão do pardo no Brasil, livro organizado pela professora e pesquisadora Flávia Rios, amplia e revisita o escopo da discussão abordadas pelo especial “Os pardos em questão”, publicado pela Cult em julho de 2024, assim como propõe uma extensão da temática proposta por ele, com reflexões e pesquisas de pessoas indígenas de diferentes partes do país.

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Sobre o Produto

A mestiçagem é uma pedra de toque na compreensão da sociedade brasileira. Isso porque esse “ser mestiço” foi e continua sendo uma condição definidora e inquestionável do Brasil. Durante a vigência da escravidão neste que foi o país que mais recebeu africanos escravizados e o último a abolir a escravatura, a mestiçagem começou como um ato de violência. Violência de gênero e raça, que acabou complexificando tudo o que existia entre os dois polos sociais que sustentavam o Brasil colonial: escravizados e seus proprietários. E desde cedo, a miscigenação se tornou uma realidade na organização social e racial do Brasil.

A questão é que o pardo sempre foi uma categoria sociorracial flexível. Se por um lado ela pressupunha uma ascendência mestiça, não se tratava de uma mestiçagem necessariamente composta por sujeitos com a mesma pertença racial. A depender do período e da região do país, pardo poderia designar pessoas com ascendência e características físicas significativamente distintas. Mas há algo que não muda quando falamos de pessoas pardas em qualquer momento da história brasileira: estamos sempre tratando de não brancos.

As múltiplas formas de mestiçagem no Brasil atravessaram o tempo e seguem sendo uma chave fundamental de compreensão do país. Num contexto em que ações afirmativas e políticas públicas de reparação histórica passaram a ser desenhadas e implementadas — graças à luta dos movimentos negros —, entender quem é pardo se tornou urgente para compreender grande parte da complexidade que organiza as relações raciais brasileiras na atualidade.

Justamente por isso, o livro A questão do pardo no Brasil chega em hora propícia. Escrito por importantes nomes dos estudos sobre relações raciais, o que temos em mãos são retratos da pluralidade e da complexidade do que significa ser pardo no Brasil do século xxi. Retratos que tratam da vida da maior parcela da população brasileira e que permitem uma revisitação crítica da nossa história. E, por ambas as razões, é um livro que interessa a todos/as nós.

Ynaê Lopes dos Santos

Informações Adicionais

  •     Capa comum: 210 páginas
  •     Formato: 12,5 x 18cm
  •     Editora: Cult Editora; 1º edição (março/2025)
  •     Idioma: Português
  •     ISBN: 978-65-86596-23-6